A Voz da Terra e o Poder das Palavras Ancestrais

As línguas indígenas guardam os ensinamentos da Terra e das Estrelas são palavras e sons que revelam a sabedoria dos guardiões originários. Escutá-las é como ouvir o coração da natureza, da terra e dos elementos, é reconhecer que, em cada palavra preservada, existe um universo de conhecimentos, histórias e modos de viver mais conectados com o divino que habita em tudo que existe

Nas culturas indígenas, o verbo é sagrado: “Nos tornamos aquilo que dizemos”, ensina o Guarani. Seus idiomas são verdadeiros cosmogramas, mapas para uma convivência harmoniosa com a Natureza. “Quando uma língua morre, a humanidade perde uma forma de olhar para o mundo”, lembra o escritor Davi Kopenawa.

Dados Atuais: A Diversidade Linguística no Brasil: Riqueza e Riscos

O Brasil é terra de múltiplas vozes. Segundo o Censo 2022 do IBGE, existem hoje 295 línguas indígenas brasileiras, faladas por aproximadamente 183 mil pessoas. Essa cultura extraordinária se distribui entre cerca de 305 povos originários, cada qual guardião de seu universo cultural e espiritual.

No entanto, essa riqueza enfrenta ameaças silenciosas. Estima-se que pelo menos 250 idiomas indígenas já se perderam desde o início da colonização. Línguas faladas por gerações inteiras desapareceram, levando consigo saberes sobre plantas, animais, ciclos celestes e formas de cooperação que só a oralidade preservava. Cada língua extinta leva consigo um universo de conhecimentos insubstituíveis.

A Sabedoria Ancestral: Caminho para Uma Nova Terra

Se a humanidade busca novos caminhos para conviver com o planeta, talvez seja hora de escutar quem nunca se desconectou da Terra. Os povos indígenas são mestres da consciência planetária; suas línguas revelam formas de pensar a coletividade, a espiritualidade e o equilíbrio com a Natureza.

Como diz Ailton Krenak, “Precisamos incorporar a sabedoria dos povos originários para despertar a Nova Terra”. Nessas línguas vivem conceitos como “mestres do tempo”, “parentes das árvores” e “a ética do Bem Viver” noções que podem ajudar toda a sociedade a refletir sobre sua relação com o ambiente, com a diversidade e com a própria existência.

Valorizar a pluralidade linguística é reconhecer que há muitos caminhos para o despertar humano. É permitir que cada povo possa ensinar, compartilhar, dialogar e ser respeitado em sua singularidade.

A Ação da 5DEartt.social: Idiomas Indígenas Como Reconexão e Respeito

A 5DEartt.social surge como rede social de ação consciente, buscando integrar os idiomas indígenas como um ato de reconexão e respeito

Ao incluir línguas originárias em seus canais, eventos e materiais, a iniciativa celebra a diversidade, incentiva o protagonismo dos povos indígenas e ajuda a reconstruir pontes entre diferentes mundos.

Essa simples inclusão é um manifesto: “Aqui, sua voz é ouvida. Aqui, honramos suas palavras e queremos aprender e ouvir sua visão.” Cada palavra preservada acende uma chama de esperança e abre caminhos para a cura coletiva, espiritual, cultural e ecológica.

Preservar os povos indígenas é mais que salvar palavras é regenerar as raízes da humanidade e da Terra. É incluir, reverenciar, unir.

Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) indica que, em média, os brasileiros possuem cerca de 13% de ancestralidade indígena em sua composição genética.

Ou seja, se você é brasileiro isso indica que seu DNA é 13% Indigena.

Não permitam que matem a sua ancestralidade. Não permitam que calem, destratem, ou discriminem os 13% de quem você é

Como diz a sabedoria dos povos originários:

“Todas as vozes são necessárias para o grande círculo da vida.”

Juntos somos invencíveis, juntos não há maneiros de nos calar

Por todas as vozes, por todos os saberes, por todas as sementes do futuro.

Inclua, reverencie, una-se na frequência da Nova Terra.

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